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domingo, 16 de setembro de 2012

ATENTADO CONTRA JORNALISTA ROBERTO GUEDES EM CAIÇARA REPERCUTE NOS DOIS PRINCIPAIS JORNAIS DO ESTADO


Jornalista é vítima de atentado político no interior do Estado

Publicação: 16 de Setembro de 2012 às 11:50
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O jornalista Roberto Guedes, 60 anos, está internado em Natal após ser vítima de agressão na noite desse sábado (15), no município de Caiçara do Rio dos Ventos. Ele teve o veículo cercado por um grupo de pessoas ligadas politicamente ao ex-prefeito Felipe Elói Muller e a dois vereadores candidatos nesta eleição. Os agressores apedrejaram o veículo da vítima e uma dessas pedras quebrou o braço de Roberto Guedes.
Valdir Julião/CelularO jornalista Roberto Guedes sofreu um atentado em Caiçara do Rio dos VentosO jornalista Roberto Guedes sofreu um atentado em Caiçara do Rio dos Ventos

O jornalista vinha sofrendo ameaças há alguns dias, inclusive de morte, por publicar notícias e comentários que contrariavam a candidatura do filho do ex-prefeito, Felipe Muller (PP). Em entrevista esta manhã ao jornalista Valdir Julião [Tribuna do Norte], relatou o episódio e os momentos de tensão. Ele passou por uma cirurgia exploratória, no braço, mas deve se submeter a mais um procedimento reparador neste domingo (16).

Na versão apresentada pelo jornalista, houve duas situações de agressão. A primeira em um posto de combustível, onde foi abordado por correlegionários do ex-prefeito e vereadores, que cercaram seu veículo, insultando-o e intimidando. A agressão física ocorreu quando Roberto Guedes estava em frente à residência dele, onde mais uma vez foi cercado.

O grupo arremessou uma pedra de 25 centímetros de diâmetro contra o jornalista, que estava dentro do veículo. O retrovisor, a volante, e o braço de Roberto foram atingidos. Temendo pelo pior, decidiu sair em disparada para escapar das agressões, e nesse momento atropelou um dos algozes, sem gravidade. "Jogaram um líquido amarelo no parabrisa do meu carro - não sei se era cerveja - que prejudicou minha visão no momento que tentei fugir das agressões", justificou Roberto.

Roberto Guedes foi perseguido pelos agressores em outros veículos através da rodovia federal BR 304, em direção a Natal. Quando aproximou-se à barreira da Polícia Rodoviária Federal, naquele município, foi obrigado a entrar numa contramão para ter acesso ao posto policial. Um patrulheiro, segundo ele, já estava com arma em punho para abordagem porque recebera denúncia de que Roberto havia atropelado uma pessoa e fugido sem prestar socorro.

O grupo que vinha em perseguição ao jornalista passou pela barreira fixa da PRF. Roberto Guedes prestou queixa na delegacia de Plantão da Zona Sul de Natal na noite desse sábado (15). As ameaças recebidas dias antes do episódio de ontem fizeram o jornalista procurar a promotora da Comarca que atende ao município de Caiçara do Rio dos Ventos, Juliana Alcoforado.

Logo após a agressão, tentou prestar queixa na delegacia da cidade por volta das 20h30, mas não conseguiu porque o efetivo foi destacado ao policiamento de rua face à mobilização política naquele horário.

INQUÉRITO

O inquérito criminal sobre o atentado de que foi vítima o jornalista Roberto Guedes da Fonseca, 60 anos, será aberto na Delegacia de Caiçara do Rio dos Ventos, a 102 km de Natal, na região do Potengi. Mas, a vítima registrou Boletim de Ocorrência (BO) na Delegacia de Plantão da Zona Sul, diante do delegado Custódio Arrais Neto.

Roberto Guedes declarou na DP Zona Sul, em Candelária, na presença dos seus advogados Lúcio de Oliveira Silva e Marcos Martins Duarte, que antes das agressões sofridas por partidários do ex-prefeito Felinto Eloi Muller, estava caminhando para a Igreja Católica local, onde havia pedido a celebração de uma missa "pela pacificação" política no município.

Antes de se deslocar à Igreja, viu que precisava reabastecer a caminhonete Ford/Ranger JPW-8911 em que estava e, antes do posto de combustível fechar, por volta das 20:15 foi para o Posto Frei Damião, ocasião em  que avistou várias pessoas em volta de seus veículos, e com o som em volume exagerado, tocando jingles de campanha do candidato a prefeito "Felipinho", filho do ex-prefeito de Caiçara do Rio dos Ventos.

Segundo o jornalista, essas pessoas, "fingindo amizade", chamaram-no para que fosse até eles, mas, se dirigindo-ao local, passou a ser agredido verbalmente, para depois jogar contra o veículo em que estava latas de cerveja, paus, pedras e amassar o carro com barra de ferros.

Do posto de combustível, Guedes declarou à Polícia, que conseguiu se desviar das pessoas que o agrediam e, sem sair de dentro da Ranger, seguiu até a rua onde reside, mas uns 200 metros antes, viu que tinham montado um piquete. Ao desacelerar o carro, para enganar os agressores, voltou a acelerar e passou pela barreira, momento em foi jogado contra a caminhonete uma pedra de 25 centímetros de diâmetro, que ela afirmou ser a prova de que sofreu um atentado e que não avançou e nem atropelou ninguém deliberadamente, como quiseram alegar para a Polícia.

Guedes explicou, no leito hospitalar em que se encontra, que o inspetor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Jota Souto, o qual estava sozinho quando chegou pedindo socorro, viu que, ao abrir a porta do veículo, caiu no chão a pedra que se encontrava entre a perna dele e a porta do motorista.

SINDICATO

O diretor de Formação Política do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do  Norte, Rudson Pinheiro, disse que a instituição "só tem a lamentar que nos dias de hoje um jornalista ainda sofra atentando por emitir a sua opinião, seja que ela qual for".

Como o episódio ocorreu num fim de semana, Rudson Pinheiro afirmou que a direção do Sindjor deve se reunir para tomar uma posição oficial sobre o fato, que, segundo ele, "só demonstra que a democracia no país precisa ser aprimorada", porque uma pessoa não pode sofrer ameaças só por expor sua opinião.

"Agora é esperar que as autoridades policiais investiguem o caso, para chegar aos mandantes e apurar o que de fato ocorreu, porque quem fez isso precisa ser, evidentemente, punido".




Alterado às 13h27.




Jornalista é vítima de atentado no interior do Estado


Publicação: 16/09/2012 10:27 Atualização: 16/09/2012 12:06

Da redação do DIARIODENATAL.COM.BR

O jornalista Roberto Guedes foi vítima de um atentado no município de Caiçara do Rio dos Ventos, distante 95 km de Natal, na noite deste sábado. O jornalista foi ameaçado por um grupo que cercou seu carro e desferiu agressões contra a vítima.

Na confusão, Roberto teve o braço quebrado e o carro depredado após ser atingido por uma pedra, mas conseguiu dirigir até o posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Na fuga, uma pessoa foi atropelada, mas não corre riscos. O jornalista registrou o caso na delegacia de plantão  e retornou para Natal onde está internado no hospital da Unimed e passou por uma cirurgia no braço, mas segu internado on passará por outra cirurgia.
O jornalista relatou que vinha sendo ameaçado devido diferenças políticas com alguns candidatos e caso fosse a cidade sofreria uma emboscada. O caso será investigaod pela polícia e Ministério Público. 


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CAIÇARA DO RIO DO VENTO E SUA POPULAÇÃO NÃO MERECEM ISSO. O POVO HONESTO, RESPEITADOR, ORDEIRO, TRABALHADOR, RESPONSÁVEL E SOLIDÁRIO DE CAIÇARA DO RIO DO VENTO NÃO MERECE ISSO. ESSE CLIMA DE HOSTILIDADE, DE CONFRONTO, DE GUERRA QUE VEM SENDO EXACERBADO NESTA CAMPANHA ELEITORAL. QUEM VIVE EM CAIÇARA SABE DE ONDE SAI A INSPIRAÇÃO PARA ESSE CLIMA DE TERROR. SABE QUEM FAZ DENÚNCIAS SEM PROVAS, QUEM DIFAMA, CALUNIA E ESPALHA A DISCÓRDIA DELIBERADAMENTE. A POPULAÇÃO SABE QUEM TORCE PELO QUANTO PIOR, MELHOR. A MAIORIA NÃO SE ENVOLVE NESSE JOGO SUJO QUE ALGUMAS PESSOAS ESTÃO FAZENDO. PESSOAS SEM ESCRÚPULOS, SEM MEDIDAS, QUE ACREDITAM QUE VALE TUDO NA LUTA PELO PODER. ESSAS PESSOAS SÃO MINORIA, MAS FAZEM MUITO BARULHO E INCOMODAM TODA A GENTE.  A GENTE QUE NÃO QUER SABER DISSO NEM DAQUILO. QUE QUER APENAS DE VOLTA SUA VIDA TRANQUILA DE SEMPRE. A CAMPANHA PASSA. AS PESSOAS FICAM. CAIÇARA DO RIO DO VENTO E SUA POPULAÇÃO NÃO MERECEM ISSO.